"Fui rocha, em tempos, e fui, no mundo antigo,
Tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
Ou, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paul glauco pacigo...
Hoje sou homem - e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, na imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade."
Antero de Quental
Num trabalho para a discilplina de Português, tínhamos que fazer um trabalho sobre Antero de Quental, este foi o trabalho do Ricardo que transformou este poema em música e a tocou em viola perante a turma ...incrédula =)
A música ficou uma espécie de hino, que ambos cantamos muitas vezes em casa e hoje costumamos cantar ao nosso M.
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