Torres Vedras.
Ginásio da Física.
Depois de toda a gente ter saído do ginásio e da D.Dália estar longe.
Depois de muitos gritos a dizer para deixar de ter medo.
Depois de muitos treinos no chão, em cima de uma fita colada ao pavimento de madeira e sobre a qual deveria tentar fazer a roda, ou a rodada à frente.
Depois a passagem para a trave de chão que mesmo assim era no chão e qualquer queda era mais ou menos pacífica.
Depois a passagem para a trave de chão que mesmo assim era no chão e qualquer queda era mais ou menos pacífica.
Depois de tantas tentativas bem e mal conseguidas, a passagem para a trave grande a alta.
A mentalização do que se vai passar, o impulso que nos chega não sabemos bem de onde e trás com ele as borboletas a voar no estômago.
A impressão de que o momento pára e só existimos nós a querer ultrapassar aquela dificuldade.
E a alegria que sentimos quando conseguimos ultrapassar o nosso bloqueio.
Em que momento perdi esta capacidade de me atirar, de tentar, de ter medo e mesmo assim agarrar no medo dobrá-lo ao meio e deixá-lo incapaz de bloquear, de magoar e de impedir.
Onde é que desaprendi isto tudo!! Onde é que deixei esta minha capacidade?!
Se calhar perdida na paragem do 56, ou se calhar escorregou enquanto passava pelas grades da técnica para ir para casa ou já sei ...foi no "céu da boca", sim de certeza que foi isso!
Tenho que recuperar isto urgentemente, correndo o risco de perder a capacidade de que sou capaz de concretizar aquilo que quero apesar de todos os receios.
T
Só tu não vês...ou n entendes, que essa tua capacidade, essa tua determinação que sempre te caracterizou, essa garra com o seu quê de arrogancia, por saberes tão bem o quê e onde....n estão nas grades na técnica, nem no café onde passaste horas e horas da tua vida universitária...Estão neste blog, estão na tua casa, estão no teu casamento, estão em cada dia que acordas e que enfrentas de cara sempre erguida as mil coisas do teu trabalho e todas as outras do teu coração, estão na força que nos dás constantemente e que tão subtilmente nunca esperas em troca, porque tens essa cartilagem só tua...sempre a levar o Mundo às costas a fazer um esforço enorme mas a rir com a gargalhada de uma criança que ainda reconheço em ti e que espero reconhecer sempre...
ResponderEliminarA trave fez se tão alta mana...e tu rodaste-a..á frente e atrás...sempre com aquela compenetração e aquele mau géniozinho a a gritar lá dentro, "agora vou conseguir só para te calares, sua estupida"...flic flac...ja está!
a unica coisa é que ás vezes estamos tempo demasiado nas paralelas, as mãos doem e parece que vamos cair.....se calhar desisto....mas não, porque há sempre o nosso pó branco, o magnésio...e aí vais rodar, rodar, rodar, e entender que afinal esteve sempre tudo aqui...eras tu que te surpreendias a ti própria...ninguém nunca o fez por ti..........sei exactamente onde está essa coragem de todas a s vezes que te olho nos olhos...
Amo-te